sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

"De olhos Fechados"



Sou você até quando fechos os olhos...
Eu beijo o mar beijando você... Sempre.
E se desenho o seu nome na areia do amor,
Sou apenas um romântico...
E se um verso bobo escrevo para você chorando,
Sou apenas um romântico...
Se me deleito com seus olhos quando me pisca sedutora,
Sou apenas um romântico...
Se te vejo à distância e me arrepio sem tocá-la,
Sou apenas um romântico...
Sou eu por você! Sou eu com você!
Somos um até de olhos fechados, espero...
Abraçamos a vida entrelaçando os corpos, sempre...
E se rezamos, juntos, a oração do amor eterno,
Estás em mim e estou em ti.
Se encontramos as bocas e nossas almas se beijam,
Estás em mim e estou em ti.
Se choramos juntos as perdas e os ganhos,
Estás em mim e estou em ti.
Assim somos um pelo outro! Somos um!
Então, seja eu...
Seja eu pelo menos com os olhos abertos.
Por que se estou longe e não desenhas meu nome na areia da sua praia,
Não és romântica...
Se não me escreves chorando para dizer como vão as coisas,
Não és romântica...
Por que se a distância te impedir de me piscar sedutora,
Não és romântica...
E se me vendo sem ver, não alcanças o mesmo arrepio,
Definitivamente, não és romântica...
Não és por mim! Não és comigo!
E se não estás comigo quando estamos separados,
Significa que só estou em ti quando estamos juntos.
Se não és por mim, mesmo diante da ausência,
Então somos dois...
E se assim for,
Mentistes até de olhos abertos...
Pois se não somos um, e eu sou o único romântico,
Não poderias nunca ter estado em mim um dia...
Nem de olhos abertos e perto,
Tão pouco de olhos fechados e longe de tudo que deixastes para trás...
Ou seja, eu e mais alguns outros objetos pessoais e descartáveis.

(Adriano DiCarvalho)

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